A agenda ESG está sendo um destaque nas estratégias em empresas de todo o mundo. Esta agenda de indicadores visa promover a sustentabilidade ambiental, a responsabilidade social e a boa governança nas empresas. Com a crescente preocupação por parte de investidores, consumidores e as regulamentações, a agenda ESG não apenas modifica a estrutura com que as empresas operam, mas também influencia significativamente o mercado de trabalho, já que a implementação destas práticas exigem uma demanda de novas profissões e competências.
O resultado disso é a rápida expansão das áreas de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa, análise de dados para medição de impactos ambientais e sociais. Sendo assim, os profissionais formados em ciências ambientais, sociais e gestão de riscos podem contar com novas oportunidades de trabalho em empresas que pretendem se adequar aos princípios ESG.
Além disso, conforme estas instituições adotam a agenda, é necessário aumentar a capacitação e treinamento dos colaboradores. Sendo assim, diversas empresas estão investindo na formação de profissionais para aprimorarem as habilidades destas diretrizes. Estas ações não beneficiam somente as empresas, mas também os colaboradores, que agregam conhecimento em suas competências.
Com este e outros pontos, é nítido que a agenda ESG está transformando o mercado de trabalho, onde as habilidades relacionadas à inovação em produtos, processos sustentáveis e gestão de projetos com foco em impacto social estão se tornando cada vez mais importantes.
Sendo assim, um dos pilares da agenda ESG é a promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho. Portanto, as empresas que adotam estas práticas têm uma tendência de trabalho mais criativa e produtiva. Isso também exige que haja uma mudança cultural e um foco na valorização da diversidade. Com isso, o mercado de trabalho está se tornando mais inclusivo.
Além disso, as empresas estão sendo mais cobradas para desenvolverem práticas sociais. Então, é importante que os profissionais que atuam na área de responsabilidade social organizem e monitorem as iniciativas que impactam positivamente nas comunidades.
Mas, este modelo de trabalho mais sustentável também tem e terá desafios. Algumas empresas enfrentam dificuldades em integrar o ESG sem comprometer a eficiência econômica. Por isso, é necessário expandir o tema e contar com o apoio de outras instituições mais experientes no assunto.
Por fim, gostaria de destacar que a agenda ESG está redefinindo o mercado de trabalho, trazendo novas oportunidades, demandas por habilidades específicas e um reforço na diversidade e responsabilidade social. Apesar dos desafios, a caminhada para uma economia mais sustentável indica um futuro no qual o trabalho não apenas contribui para o sucesso das empresas, mas também para o bem-estar social em todo o mundo.
Mas, para que essa transição seja bem-sucedida, é indispensável que tanto as empresas quanto os colaboradores estejam empenhados e comprometidos em aprender e se adaptar a esta novidade.
Sobre o autor
Edmilson Gama é especialista em Governança Corporativa e Compliance, advogado, engenheiro e mestre em economia. Possui livros publicados em finanças empresariais e governança corporativa, e atualmente atua como CFO do BDMG – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.
