sexta-feira, dezembro 13

Aumento expressivo: Corinthians amplia dívida de direitos de imagem em 2023, com Gil como principal credor

A dívida do Corinthians com direitos de imagem dos jogadores teve um salto considerável entre 2022 e 2023, passando de R$ 66,7 milhões para mais de R$ 114 milhões, conforme revelado pelo balanço financeiro do clube que será submetido à votação do Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira.

Segundo o documento obtido pelo ge, o clube encerrou o ano de 2023 com essa dívida, que abrange não apenas os atuais jogadores, mas também atletas que já não estão mais no elenco, como Cristian e Jonathas.

O aumento mais expressivo foi nos direitos de imagem do zagueiro Gil, cujo saldo devedor subiu de pouco mais de R$ 4 milhões para R$ 13,87 milhões. Este valor ainda está em aberto com o defensor, atualmente no Santos.

Dentre os credores de direitos de imagem, está a empresa Fair Play Football Association Participações Ltda, cujo sócio é o agente Will Dantas. O Corinthians deve a ela cerca de R$ 15,4 milhões até dezembro, referentes aos direitos econômicos do meia Pedrinho, transferido ao Benfica em 2020, no qual Dantas tinha participação.

Também figuram na lista a empresa Elenko Sports e o agente Luis Augusto Carvalho, conhecido como Luisinho Piracicaba. Esses valores são associados aos jogadores que utilizam a estrutura contábil de seus empresários para receberem direitos de imagem, tornando impossível a discriminação individualizada dos montantes.

Durante 2023, o Corinthians conseguiu reduzir algumas das dívidas pendentes, incluindo aquelas com o atacante Luan, o meia-atacante Matheus Vital e o ex-volante Elias.

A nova gestão liderada por Augusto Melo buscou priorizar a quitação das dívidas de direitos de imagem, utilizando parte da antecipação da venda de Gabriel Moscardo ao PSG para tal fim. No entanto, o valor de recursos disponibilizados pela gestão anterior foi contestado pela nova diretoria, que identificou um déficit superior a R$ 100 milhões entre o dinheiro em caixa e as dívidas de curto prazo.

A quitação dessas dívidas visava não apenas motivar os jogadores, mas também proteger o clube de possíveis rescisões contratuais por justa causa, como a ação movida pelo ex-meia paraguaio Matías Rojas na FIFA devido a atrasos nos pagamentos dos direitos de imagem. Rojas, agora no Inter Miami, busca uma indenização de 8 milhões de dólares.