sexta-feira, dezembro 13

Governador de São Paulo opta por não participar da celebração do 1º de Maio na capital

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), opta por não participar da celebração do Dia do Trabalho na capital paulista, organizada pelas centrais sindicais e realizada no estacionamento da Neoquímica Arena, o estádio do Corinthians.

Em conversas reservadas, o governador expressou sua intenção de manter as celebrações distantes de polarizações políticas.

Apesar disso, Tarcísio enfrenta pressões de grupos bolsonaristas mais radicais devido à sua aproximação tanto com o Supremo Tribunal Federal quanto com o governo liderado por Lula (PT). Há expectativa de que o ex-presidente participe do evento, o que não agrada esse segmento de apoiadores de Bolsonaro. Uma interação anterior entre Tarcísio e Lula, em janeiro, causou desconforto entre os aliados do presidente Bolsonaro, após o governador ser elogiado por Lula durante um encontro em Santos (SP), onde uma piada do petista arrancou risadas do governador.

Para amenizar o desconforto, Tarcísio tem adotado algumas posturas que apaziguam os ânimos dos bolsonaristas mais fervorosos. Recentemente, viajou até Ribeirão Preto (SP), a cerca de 300 km da capital, para participar de um evento de apoio ao ex-presidente, durante o qual entoou um coro de “volta, Bolsonaro”.

Além disso, o governo de São Paulo revogou uma resolução que havia gerado controvérsias ao abrir uma consulta pública sobre a política de saúde para a população LGBTQI+ após forte oposição por parte dos apoiadores do ex-presidente.

Tarcísio, ao conversar com interlocutores, refuta a ideia de qualquer mal-estar com o grupo político que o apoiou durante sua eleição. Ele afirma que sua relação com Bolsonaro está “ótima” e que as críticas que recebe vêm de indivíduos que “não compreendem o cenário”.

O governador também critica o governo Lula, apontando que tem cometido erros e perdido oportunidades, argumentando que “não está difícil” fazer oposição. Sua principal queixa reside na falta de unidade entre a oposição ao governo Lula, expressando a necessidade de uma postura mais coesa e construtiva para o Brasil.